quarta-feira, 14 de julho de 2010

Custa

Pesa-me a mão sobre o peito;
a mão que quando me deito
me toca a coração.
Custa-me ao respirar,
como me custa pensar
haver tanta dor na razão.

Custa-me fechar os olhos e dormir
como me custa pedir
mais uma hora de descanso.

Custa-me tanto pensar
como me custa adormecer.
Mas fecho os olhos com força
na ânsia de me esquecer.

E então fico por aqui, deitado
vivo e gelado
à espera que me chamem.
E no sonhar acordado,
digo, de cansado,
por favor, não me amem.

3 comentários:

Anónimo disse...

Foges tanto dos teus sentimentos. é a conclusão q tiro de todos ou da maioria dos teus poemas. preferes pensar do q sentir ! és mesmo um foge foge bandido :')

m.i.s.s

Sky disse...

cada um usa o que melhor lhe fecha as ferias :) comigo resulta!

Pedro Magalhães disse...

Concordo consigo, caro poeta, no facto de a razao provocar dor, como ja disse em comentarios anteriores, na minha opiniao a razao, ou o pensar racionalmente nas coisas, retira aquilo que de puro e autentico ha nestas.
Na terceira estrofe, gosto particularmente dos dois ultimos versos que o meu caro escreveu. A dormir aquilo que vivemos e perfeito, fantasiado e quem nos dera que essa fantasia se torna-se em realidade, para que acordado e cansado, esta realidade fosse a realidade que deseja.