Somos nós, o sorriso
do que nos diz nada;
e do nada que nos faz,
faz o que nos diz a paz.
Somos o ombro de um homem;
somos o mundo dos Deuses,
do Olimpo que sonhamos
e dos sonhos que lembramos.
Somos do vento que nos varre;
do tempo que nos leva.
E vivemos quentes e despidos
pelo caminho dos esquecidos.
Porque viver nu não é pecado.
É o que nos dita o fado.
É viver no estado mais puro;
é saltar um muro.
É viver em paz.
Porque somos o que nos interessa,
despindo, cheio de pressa,
a roupa que nos prende
e o calor que nos acende.
Somos o melhor e o pior.
O melhor da humanidade.
Somos da nossa idade
e vamos seja onde for.
Somos a cor que pinta o mar;
a fachada de amar.
Somos o que a dor nos detecta;
somos a dor do poeta.
Somos de novo o sorriso
do riso que já nem lembro.
Que de novo me faz lembrar
do passado de uma lembrança,
que em memória me irá tocar.
E é aos Deuses que mostramos
a forma do que amamos.
Mostramos para lembrar
que é a amar que tentamos.
E de novo sentimos no céu
o sorriso do que somos.
O sorriso por trás do véu,
que nos mostra onde fomos.
Pintamos de novo o dia
sem a cor que nos alicia.
Sem a cor fictícia
que nos disfarça a malícia.
1 comentário:
... mas este, é sem dúvida aquele q mais gosto e com o qual me identifico mais :')
m.i.s.s
Enviar um comentário