Foi hoje o dia
que, a partir, me ria
e saí do meu mundo.
Foi num respirar profundo
que abri a porta e saí.
Não sei para onde, mas parti.
Caminhei por subidas e descidas
por calçadas maiores que vidas.
Senti o vento na cara
e numa parede pintada
vi o que um jovem escreveu
em motim da sua paz
que toda a gente leu.
E levo comigo a mensagem gravada
à medida que percorro a estrada.
Foi assim que caminhei até onde as pernas me levavam
sem sequer saber que era para casa que voltavam.
Ainda não é hoje o dia em que não volto. Talvez ainda seja cedo, ou ainda não tenha preparado as pessoas que se vão despedir de mim. Mas um dia esse dia chegará; e não quero parecer preditor, nem tão pouco egoísta, ao dizer que me parece que este vai ser o meu Verão.
Nessa altura estarei pronto para vos deixar a vós crescer sem mim a vosso lado, porque também eu seguirei caminho... sozinho.
4 comentários:
acho o poema lindo, mesmo.
o resto achei dramático, já sabes!
depois trocamos histórias sobre as nossas caminhadas*
: )
Não é a questão de viver a vida a sonhar, mas sim do sonho fazer parte da vida :) que seria de nós sem alguma coisa pela qual lutamos?
às vezes também gostava de nao voltar, quando vou.
muito bom! ;)
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