Foi hoje o dia
que, a partir, me ria
e saí do meu mundo.
Foi num respirar profundo
que abri a porta e saí.
Não sei para onde, mas parti.
Caminhei por subidas e descidas
por calçadas maiores que vidas.
Senti o vento na cara
e numa parede pintada
vi o que um jovem escreveu
em motim da sua paz
que toda a gente leu.
E levo comigo a mensagem gravada
à medida que percorro a estrada.
Foi assim que caminhei até onde as pernas me levavam
sem sequer saber que era para casa que voltavam.
Ainda não é hoje o dia em que não volto. Talvez ainda seja cedo, ou ainda não tenha preparado as pessoas que se vão despedir de mim. Mas um dia esse dia chegará; e não quero parecer preditor, nem tão pouco egoísta, ao dizer que me parece que este vai ser o meu Verão.
Nessa altura estarei pronto para vos deixar a vós crescer sem mim a vosso lado, porque também eu seguirei caminho... sozinho.
Uma dor aumentada, num acorde triste e num compasso vagaroso, de expressão terna e patética...
terça-feira, 29 de junho de 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Quero fugir
Quero fugir;
ou pelo menos não quero ficar.
Quero ir para longe e conquistar
o mundo que há para ver.
Quero esquecer o que deixo para trás
e ir em paz, comigo,
porque sei que consigo
partir e não voltar.
E quando partir não há-de ser para vir.
Quero calar a voz de quem me chama
e dizer a quem me ama
que se lembre de sorrir.
Quero partir sozinho e levar,
na bagagem, só a lembrança
do que um dia a esperança
me lembrou de procurar.
E procuro-me, assim, a mim,
que não sei por onde vou;
só sei que não haverá fim,
mesmo que não saiba onde estou.
Nem tão cedo quero saber
onde estou, para não me lembrar
de para trás querer voltar
e de o mundo me esquecer.
Assim fujo de mim e de todos,
sem destino ou passado.
Não olho mais para trás
e vou comigo, de braço dado.
Porque chega uma altura da vida em que todos nós sentimos esta necessidade de partir e não mais voltar. E será que devemos intelectualizar o impulso? Será que devemos não partir, só porque o rumo normal da vida é não contrariar a vontade e ficar? Ou será que nos devemos deixar levar por esta linda vontade de não querer ficar e partir em direcção ao nosso próprio mundo?
Mas como em tudo o que tem fim, quem cá fica é que sofre, e não quem parte. Mas porquê? Seria tudo tão melhor se quem ficasse sorrisse ao ver-nos partir, porque sabe que vamos para um sítio melhor, onde tudo o que temos é o que fazemos e onde tudo o queremos temos. Será que é uma espécie de inveja altruísta ou de um altruísmo egoísta, ficar-se triste porque o outro parte?
Dói pensar nisso; portanto mais vale partir só com a lembrança de que antes do nosso mundo, vivemos num mundo que não era nosso. Mais vale pegar nas malas e partir em nossa procura, antes que o mundo se esqueça de nós, por sermos apenas "mais um" que contraria a vontade de partir e fica a ter uma vida que não é a sua.
Então é aí que devemos fugir, de nós e dos outros, do que fomos e do que viremos a ser, só para, um dia, sermos o que quisermos...
ou pelo menos não quero ficar.
Quero ir para longe e conquistar
o mundo que há para ver.
Quero esquecer o que deixo para trás
e ir em paz, comigo,
porque sei que consigo
partir e não voltar.
E quando partir não há-de ser para vir.
Quero calar a voz de quem me chama
e dizer a quem me ama
que se lembre de sorrir.
Quero partir sozinho e levar,
na bagagem, só a lembrança
do que um dia a esperança
me lembrou de procurar.
E procuro-me, assim, a mim,
que não sei por onde vou;
só sei que não haverá fim,
mesmo que não saiba onde estou.
Nem tão cedo quero saber
onde estou, para não me lembrar
de para trás querer voltar
e de o mundo me esquecer.
Assim fujo de mim e de todos,
sem destino ou passado.
Não olho mais para trás
e vou comigo, de braço dado.
Porque chega uma altura da vida em que todos nós sentimos esta necessidade de partir e não mais voltar. E será que devemos intelectualizar o impulso? Será que devemos não partir, só porque o rumo normal da vida é não contrariar a vontade e ficar? Ou será que nos devemos deixar levar por esta linda vontade de não querer ficar e partir em direcção ao nosso próprio mundo?
Mas como em tudo o que tem fim, quem cá fica é que sofre, e não quem parte. Mas porquê? Seria tudo tão melhor se quem ficasse sorrisse ao ver-nos partir, porque sabe que vamos para um sítio melhor, onde tudo o que temos é o que fazemos e onde tudo o queremos temos. Será que é uma espécie de inveja altruísta ou de um altruísmo egoísta, ficar-se triste porque o outro parte?
Dói pensar nisso; portanto mais vale partir só com a lembrança de que antes do nosso mundo, vivemos num mundo que não era nosso. Mais vale pegar nas malas e partir em nossa procura, antes que o mundo se esqueça de nós, por sermos apenas "mais um" que contraria a vontade de partir e fica a ter uma vida que não é a sua.
Então é aí que devemos fugir, de nós e dos outros, do que fomos e do que viremos a ser, só para, um dia, sermos o que quisermos...
domingo, 27 de junho de 2010
Dia
Nasce de novo o dia
e mais uma vez vejo o Sol nascer.
Largo a insónia que me prende
e deixo para trás o que me rende.
É um dia novo
que irei receber de braços abertos;
num abraço, de saudade,
do dia que abracei em momentos certos.
É só um dia,
um novo dia;
do dia livre
que eu não tive.
É só mais um,
não há mais nenhum;
é so um dia.
um novo dia.
Traz-me, o dia, um novo alento
da vontade de continuar.
Aos ouvidos me sopra o vento:
"Tu és assim, não vais parar".
É, então, aí que penso:
que se o dia me deixar sem saída,
hei-de sempre escapar,
porque tenho um sorriso maior que a vida.
É só um dia,
um novo dia,
que nunca tive
e já não vive.
Dia destes
há aos molhos;
portanto acordo
e abro os olhos.
e mais uma vez vejo o Sol nascer.
Largo a insónia que me prende
e deixo para trás o que me rende.
É um dia novo
que irei receber de braços abertos;
num abraço, de saudade,
do dia que abracei em momentos certos.
É só um dia,
um novo dia;
do dia livre
que eu não tive.
É só mais um,
não há mais nenhum;
é so um dia.
um novo dia.
Traz-me, o dia, um novo alento
da vontade de continuar.
Aos ouvidos me sopra o vento:
"Tu és assim, não vais parar".
É, então, aí que penso:
que se o dia me deixar sem saída,
hei-de sempre escapar,
porque tenho um sorriso maior que a vida.
É só um dia,
um novo dia,
que nunca tive
e já não vive.
Dia destes
há aos molhos;
portanto acordo
e abro os olhos.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Mundo louco
Não vou ficar a agarrar o céu
nem a tentar voar para lá chegar;
porque aquilo que me pertence,
há-de um dia me chamar.
E sei que pertences a mim, mundo louco,
mesmo que a pouco e pouco
pareça que te despeças,
ao voltar, é para mim que regressas.
Regressas porque sabes que nasceste meu,
mesmo tendo tu muito mais idade.
Já não sabes se é meu ou teu,
porque também é tua esta vaidade.
Mundo louco, que és tão selvagem,
com um espírito tão cansado.
Sabes que só queres os meus braços,
pois só neles és amado.
Mas és amado de forma diferente
da que é amada toda a gente.
És amado só por saber
que em ti irei viver.
nem a tentar voar para lá chegar;
porque aquilo que me pertence,
há-de um dia me chamar.
E sei que pertences a mim, mundo louco,
mesmo que a pouco e pouco
pareça que te despeças,
ao voltar, é para mim que regressas.
Regressas porque sabes que nasceste meu,
mesmo tendo tu muito mais idade.
Já não sabes se é meu ou teu,
porque também é tua esta vaidade.
Mundo louco, que és tão selvagem,
com um espírito tão cansado.
Sabes que só queres os meus braços,
pois só neles és amado.
Mas és amado de forma diferente
da que é amada toda a gente.
És amado só por saber
que em ti irei viver.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Como é bom
Como é bom ter alguém ao lado
que nos dê um sorriso por um olhar;
que nos sorria só porque sente
que sem sorriso os vamos abraçar.
Só porque sentimos sem tocar
e vemos sem olhar;
porque sabemos que lá estarão
os corpos da união.
E mesmo que haja alguma sombra,
no Sol do nosso espaço,
são cinco minutos de discussão
e o resto do tempo de abraço.
Dum abraço mais que sentido
de tantas palavras trocadas;
e por mais que se percorra o caminho,
só o percorremos de mãos dadas.
E são estes momentos
que nos deixam
saber o que é bom viver.
São sentimentos
que se fecham
para jamais esquecer.
Para nós todos...
que nos dê um sorriso por um olhar;
que nos sorria só porque sente
que sem sorriso os vamos abraçar.
Só porque sentimos sem tocar
e vemos sem olhar;
porque sabemos que lá estarão
os corpos da união.
E mesmo que haja alguma sombra,
no Sol do nosso espaço,
são cinco minutos de discussão
e o resto do tempo de abraço.
Dum abraço mais que sentido
de tantas palavras trocadas;
e por mais que se percorra o caminho,
só o percorremos de mãos dadas.
E são estes momentos
que nos deixam
saber o que é bom viver.
São sentimentos
que se fecham
para jamais esquecer.
Para nós todos...
domingo, 20 de junho de 2010
Não chores
Não chores, "Pessoa", não chores
que te vai deixar de rosto cansado.
Não chores porque de dor já chega
as lágrimas do mar salgado.
Não chores porque não queres
sentir o que é estar sozinho.
Pensa antes que há em ti
o calor do meu carinho.
Não chores porque há sempre
a minha mão para te tocar;
e se mesmo assim chorares
estarei aqui para te acordar.
Mas não quero que chores, "Pessoa".
E digo-te (para não esquecer):
a amizade não te limpa as lágrimas,
apenas não as faz correr.
E se é sozinha que queres chorar,
não te esqueças de lembrar:
antes de deixares a lágrima cair,
pensa que há alguém que fazes sorrir.
A pedido de uma "Pessoa"...
a ela lho dedico.
que te vai deixar de rosto cansado.
Não chores porque de dor já chega
as lágrimas do mar salgado.
Não chores porque não queres
sentir o que é estar sozinho.
Pensa antes que há em ti
o calor do meu carinho.
Não chores porque há sempre
a minha mão para te tocar;
e se mesmo assim chorares
estarei aqui para te acordar.
Mas não quero que chores, "Pessoa".
E digo-te (para não esquecer):
a amizade não te limpa as lágrimas,
apenas não as faz correr.
E se é sozinha que queres chorar,
não te esqueças de lembrar:
antes de deixares a lágrima cair,
pensa que há alguém que fazes sorrir.
A pedido de uma "Pessoa"...
a ela lho dedico.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Somos nós
Somos nós, o sorriso
do que nos diz nada;
e do nada que nos faz,
faz o que nos diz a paz.
Somos o ombro de um homem;
somos o mundo dos Deuses,
do Olimpo que sonhamos
e dos sonhos que lembramos.
Somos do vento que nos varre;
do tempo que nos leva.
E vivemos quentes e despidos
pelo caminho dos esquecidos.
Porque viver nu não é pecado.
É o que nos dita o fado.
É viver no estado mais puro;
é saltar um muro.
É viver em paz.
Porque somos o que nos interessa,
despindo, cheio de pressa,
a roupa que nos prende
e o calor que nos acende.
Somos o melhor e o pior.
O melhor da humanidade.
Somos da nossa idade
e vamos seja onde for.
Somos a cor que pinta o mar;
a fachada de amar.
Somos o que a dor nos detecta;
somos a dor do poeta.
Somos de novo o sorriso
do riso que já nem lembro.
Que de novo me faz lembrar
do passado de uma lembrança,
que em memória me irá tocar.
E é aos Deuses que mostramos
a forma do que amamos.
Mostramos para lembrar
que é a amar que tentamos.
E de novo sentimos no céu
o sorriso do que somos.
O sorriso por trás do véu,
que nos mostra onde fomos.
Pintamos de novo o dia
sem a cor que nos alicia.
Sem a cor fictícia
que nos disfarça a malícia.
do que nos diz nada;
e do nada que nos faz,
faz o que nos diz a paz.
Somos o ombro de um homem;
somos o mundo dos Deuses,
do Olimpo que sonhamos
e dos sonhos que lembramos.
Somos do vento que nos varre;
do tempo que nos leva.
E vivemos quentes e despidos
pelo caminho dos esquecidos.
Porque viver nu não é pecado.
É o que nos dita o fado.
É viver no estado mais puro;
é saltar um muro.
É viver em paz.
Porque somos o que nos interessa,
despindo, cheio de pressa,
a roupa que nos prende
e o calor que nos acende.
Somos o melhor e o pior.
O melhor da humanidade.
Somos da nossa idade
e vamos seja onde for.
Somos a cor que pinta o mar;
a fachada de amar.
Somos o que a dor nos detecta;
somos a dor do poeta.
Somos de novo o sorriso
do riso que já nem lembro.
Que de novo me faz lembrar
do passado de uma lembrança,
que em memória me irá tocar.
E é aos Deuses que mostramos
a forma do que amamos.
Mostramos para lembrar
que é a amar que tentamos.
E de novo sentimos no céu
o sorriso do que somos.
O sorriso por trás do véu,
que nos mostra onde fomos.
Pintamos de novo o dia
sem a cor que nos alicia.
Sem a cor fictícia
que nos disfarça a malícia.
domingo, 13 de junho de 2010
Agarra-me um pouco mais
Agarra-me um pouco mais.
Mas não quero sentir;
quero apenas saber,
que se quiser,
te irei ouvir.
Que irei ouvir a voz
que em tempos me disse
o que nem sempre quis ouvir.
Ao que inconscientemente respondia
a sorrir.
Agarra-me um pouco mais
e dá-me o mundo num abraço,
que eu só quero o meu espaço
se nele tiver o mundo que me dás.
Agarra-me ainda mais.
Não quero sequer sentir.
Quero ouvir o respirar
e saber que estás a sorrir
sem sequer olhar.
Não quero que vás embora,
nem que tão pouco te deixes ficar.
Quero apenas um abraço
que me possa lembrar
dos sorrisos que ainda caço.
Nem sei se quero sentir a dor
ou sequer sentir amor.
Quero ter sempre este espaço
que me dás nesse abraço.
Abraça-me um pouco mais,
que sentes que esse abraço
é espaço de abraçar
os sorrisos que te faço.
E não abraces por abraçar,
porque sei que vais deixar
aquilo que sempre quiseste
e que em dias me disseste.
Não é nada o que peço,
é o mundo, num abraço
daquilo que ainda podes sentir.
Pelo que assim me despeço,
à espera de um sinal,
se me estiveres a ouvir.
Mas não quero sentir;
quero apenas saber,
que se quiser,
te irei ouvir.
Que irei ouvir a voz
que em tempos me disse
o que nem sempre quis ouvir.
Ao que inconscientemente respondia
a sorrir.
Agarra-me um pouco mais
e dá-me o mundo num abraço,
que eu só quero o meu espaço
se nele tiver o mundo que me dás.
Agarra-me ainda mais.
Não quero sequer sentir.
Quero ouvir o respirar
e saber que estás a sorrir
sem sequer olhar.
Não quero que vás embora,
nem que tão pouco te deixes ficar.
Quero apenas um abraço
que me possa lembrar
dos sorrisos que ainda caço.
Nem sei se quero sentir a dor
ou sequer sentir amor.
Quero ter sempre este espaço
que me dás nesse abraço.
Abraça-me um pouco mais,
que sentes que esse abraço
é espaço de abraçar
os sorrisos que te faço.
E não abraces por abraçar,
porque sei que vais deixar
aquilo que sempre quiseste
e que em dias me disseste.
Não é nada o que peço,
é o mundo, num abraço
daquilo que ainda podes sentir.
Pelo que assim me despeço,
à espera de um sinal,
se me estiveres a ouvir.
sábado, 12 de junho de 2010
Desta criança feliz
Sinto a chuva que seca
no calor do pensamento.
Sinto a chuva e nem tento
limpá-la do meu rosto,
porque vai lavar-me as lágrimas
e lembrar-me do seu gosto.
Vejo em meus olhos
o olhar que já não via.
Vejo neste dia
o olhar que eu adoro;
de ver em meu redor
a casa onde moro.
Não poupo as palavras,
nem as tento lavar
na chuva que cai em mim
e me dá razões para adorar.
Nem quero, sequer, dizer
por outras palavras o que levo
dentro de mim guardado:
estas palavras que escrevo.
Ouvi todas as canções
sentindo a chuva a cair.
No sentir de tais refrões
a minha alma partiu;
deixando apenas sentir
o rapaz que lhes sorriu.
E mais do que as escrever,
tento em mim guardar
(decorar ou conhecer)
a memória deste olhar,
que espelha o que há em mim
e esta forma de adorar.
E quero que amanhã volte
o sentimento que não minto,
porque vai lavar-me as lágrimas
e trazer-me o que hoje sinto.
Não quero viver o passado,
porque assim é viver errado;
só quero que dure p'ra sempre
o que não dura eternamente.
E seja quando voltar
um pedaço de céu perdido,
que só o vou abraçar
e em meus braços dar-lhe abrigo.
E seja quando voltar
para me lembrar do que me diz:
um abraço e um olhar
desta criança feliz.
09/06/2010 - da memória dO momento.
no calor do pensamento.
Sinto a chuva e nem tento
limpá-la do meu rosto,
porque vai lavar-me as lágrimas
e lembrar-me do seu gosto.
Vejo em meus olhos
o olhar que já não via.
Vejo neste dia
o olhar que eu adoro;
de ver em meu redor
a casa onde moro.
Não poupo as palavras,
nem as tento lavar
na chuva que cai em mim
e me dá razões para adorar.
Nem quero, sequer, dizer
por outras palavras o que levo
dentro de mim guardado:
estas palavras que escrevo.
Ouvi todas as canções
sentindo a chuva a cair.
No sentir de tais refrões
a minha alma partiu;
deixando apenas sentir
o rapaz que lhes sorriu.
E mais do que as escrever,
tento em mim guardar
(decorar ou conhecer)
a memória deste olhar,
que espelha o que há em mim
e esta forma de adorar.
E quero que amanhã volte
o sentimento que não minto,
porque vai lavar-me as lágrimas
e trazer-me o que hoje sinto.
Não quero viver o passado,
porque assim é viver errado;
só quero que dure p'ra sempre
o que não dura eternamente.
E seja quando voltar
um pedaço de céu perdido,
que só o vou abraçar
e em meus braços dar-lhe abrigo.
E seja quando voltar
para me lembrar do que me diz:
um abraço e um olhar
desta criança feliz.
09/06/2010 - da memória dO momento.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Não escondas
Não escondas a tua mágoa,
não faças por a esquecer.
Porque o sorriso por trás da lágrima,
é o mais bonito de se ver.
Deixa a lágrima cair,
não a queiras limpar.
Para que seja a sorrir
que teus lábios a possam apagar.
não faças por a esquecer.
Porque o sorriso por trás da lágrima,
é o mais bonito de se ver.
Deixa a lágrima cair,
não a queiras limpar.
Para que seja a sorrir
que teus lábios a possam apagar.
terça-feira, 8 de junho de 2010
E pudesse voltar atrás
Vejo em seus olhos
as saudades que vive...
As saudades que sinto
daquilo que tive.
E agarro-me ao tempo...
Que não me faz esquecer
que é quando está perto
que a distancia é mais longa de percorrer.
E pudesse voltar atrás
e viver o que ainda me traz
a lembrança de te ter.
E pudesse viver outra vez,
aquilo que viver nos fez
para jamais esquecer.
É mais duro o caminho p'ra casa
quando a vejo partir.
Guardando só na lembrança
que um dia a fiz sorrir.
Não deixo falar minha voz
porque ouço a voz da razão,
que me diz vir do coração
a razão de todos nós.
E pudesse voltar atrás
e viver o que ainda me traz
a lembrança de te ter.
E pudesse viver outra vez,
aquilo que viver nos fez
para jamais esquecer.
E no meio da multidão
quem me dera dar-lhe a mão
e dizer-lhe uma última vez
o bem que sentir nos fez.
Acredita que é sentido
o que ainda te canto ao ouvido,
mesmo sem ter teu calor
a mais linda canção de amor.
E foi no juntar de dois sorrisos
que a felicidade se deu...
E foi no cruzar de dois mundos
que o amor aconteceu...
E pudesse sentir o passado
como quem vive e é amado
por quem não quer dizer.
E pudesse sentir agora
aquilo que senti outrora,
que nunca irei esquecer.
Sentir o que é sentido,
não é sentimento vivido.
É o relembrar de um refrão,
que tocou o coração.
E é no cruzar de olhares
e na troca de um beijo leve,
que a poesia nos dita,
o que o coração escreve.
as saudades que vive...
As saudades que sinto
daquilo que tive.
E agarro-me ao tempo...
Que não me faz esquecer
que é quando está perto
que a distancia é mais longa de percorrer.
E pudesse voltar atrás
e viver o que ainda me traz
a lembrança de te ter.
E pudesse viver outra vez,
aquilo que viver nos fez
para jamais esquecer.
É mais duro o caminho p'ra casa
quando a vejo partir.
Guardando só na lembrança
que um dia a fiz sorrir.
Não deixo falar minha voz
porque ouço a voz da razão,
que me diz vir do coração
a razão de todos nós.
E pudesse voltar atrás
e viver o que ainda me traz
a lembrança de te ter.
E pudesse viver outra vez,
aquilo que viver nos fez
para jamais esquecer.
E no meio da multidão
quem me dera dar-lhe a mão
e dizer-lhe uma última vez
o bem que sentir nos fez.
Acredita que é sentido
o que ainda te canto ao ouvido,
mesmo sem ter teu calor
a mais linda canção de amor.
E foi no juntar de dois sorrisos
que a felicidade se deu...
E foi no cruzar de dois mundos
que o amor aconteceu...
E pudesse sentir o passado
como quem vive e é amado
por quem não quer dizer.
E pudesse sentir agora
aquilo que senti outrora,
que nunca irei esquecer.
Sentir o que é sentido,
não é sentimento vivido.
É o relembrar de um refrão,
que tocou o coração.
E é no cruzar de olhares
e na troca de um beijo leve,
que a poesia nos dita,
o que o coração escreve.
domingo, 6 de junho de 2010
Hoje
Hoje nada sinto...
Nada penso.
Vejo o rio correr para o mar;
vejo o tempo passar.
Vejo a lua tirar o lugar ao sol;
um peixe a morder o anzol...
Vejo as folhas a cair
no verão que acaba de partir.
Os pássaros voam em bando;
partindo; deixando
o céu habitado,
de rosto cansado.
Vejo as nuvens juntarem-se
e as ondas do mar revoltarem-se.
Hoje só vejo o que acontece
e ao que parece
tudo é bom de se ver,
mesmo sem saber.
Não saio de onde estou
e sinto tudo o que passou...
Não penso, porque não há-de voltar.
Mais vale deixar o tempo passar.
Nada penso.
Vejo o rio correr para o mar;
vejo o tempo passar.
Vejo a lua tirar o lugar ao sol;
um peixe a morder o anzol...
Vejo as folhas a cair
no verão que acaba de partir.
Os pássaros voam em bando;
partindo; deixando
o céu habitado,
de rosto cansado.
Vejo as nuvens juntarem-se
e as ondas do mar revoltarem-se.
Hoje só vejo o que acontece
e ao que parece
tudo é bom de se ver,
mesmo sem saber.
Não saio de onde estou
e sinto tudo o que passou...
Não penso, porque não há-de voltar.
Mais vale deixar o tempo passar.
sábado, 5 de junho de 2010
A ilusão que responda
A essas palavras que disseste,
deixo responder a ilusão.
Se a minha voz ja não te aquece
nenhumas almas a ouvirão.
Como pode ter sido calor
se o calor nunca se esquece?
Ainda por cima o Verão não ficou
e no Inverno não aquece.
O que vivi já passou
e não queres que a chama o traga.
Tão rapido o vento ta levou...
É assim que ela se apaga?
deixo responder a ilusão.
Se a minha voz ja não te aquece
nenhumas almas a ouvirão.
Como pode ter sido calor
se o calor nunca se esquece?
Ainda por cima o Verão não ficou
e no Inverno não aquece.
O que vivi já passou
e não queres que a chama o traga.
Tão rapido o vento ta levou...
É assim que ela se apaga?
Agora vivo de olhos abertos
Procuro, agora, por ti
e vejo que me esqueci
que sabia que amar
é dar a alguém o poder de matar.
Só sei que me esqueci
daquilo que agora não esqueço;
os momentos que vivi,
ainda não os conheço.
E sei que se em dias senti calor,
não foi calor nos dias certos.
Cheguei a acreditar no amor,
agora vivo de olhos abertos.
e vejo que me esqueci
que sabia que amar
é dar a alguém o poder de matar.
Só sei que me esqueci
daquilo que agora não esqueço;
os momentos que vivi,
ainda não os conheço.
E sei que se em dias senti calor,
não foi calor nos dias certos.
Cheguei a acreditar no amor,
agora vivo de olhos abertos.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Para quê?
Sinto-me frio.
Nu.
Vazio de emoções.
Despido de pensamentos e sentimentos.
Fico sentado a ver o rio passar;
Sem querer amar ou gostar.
Sem querer tocar.
Porque ele passa sem sentir
e morre a seguir.
Para quê sorrir se um dia irei chorar?
Para quê tentar se um dia irei acabar?
Nada sintas. Deixa tudo passar.
Vê tudo de longe.
Não dês as mãos porque mais tarde irás largar.
Não sintas seus lábios se um dia irás para onde não te vais lembrar.
Leva contigo a memória de não teres dor.
Não queiras a verdade, quer a realidade!
Não queiras a felicidade, procura a vida.
Vive apenas...
Não te canses. Não penses.
Deixa...
Não penses no que foi ou podia ter sido.
Não penses no que pode vir a ser.
Limita-te a não perceber.
Não te canses. Não sintas
Vive.
Não sintas para não sentires a falta.
Não sintas para não doer
Não sintas para viver.
E assim morrerás com a lembrança daquilo que poderia ter sido
e não com a dor do que foi vivido.
Para quê começar se tudo um dia vai acabar?
Para quê viver se tudo um dia vai morrer?
Nu.
Vazio de emoções.
Despido de pensamentos e sentimentos.
Fico sentado a ver o rio passar;
Sem querer amar ou gostar.
Sem querer tocar.
Porque ele passa sem sentir
e morre a seguir.
Para quê sorrir se um dia irei chorar?
Para quê tentar se um dia irei acabar?
Nada sintas. Deixa tudo passar.
Vê tudo de longe.
Não dês as mãos porque mais tarde irás largar.
Não sintas seus lábios se um dia irás para onde não te vais lembrar.
Leva contigo a memória de não teres dor.
Não queiras a verdade, quer a realidade!
Não queiras a felicidade, procura a vida.
Vive apenas...
Não te canses. Não penses.
Deixa...
Não penses no que foi ou podia ter sido.
Não penses no que pode vir a ser.
Limita-te a não perceber.
Não te canses. Não sintas
Vive.
Não sintas para não sentires a falta.
Não sintas para não doer
Não sintas para viver.
E assim morrerás com a lembrança daquilo que poderia ter sido
e não com a dor do que foi vivido.
Para quê começar se tudo um dia vai acabar?
Para quê viver se tudo um dia vai morrer?
Subscrever:
Mensagens (Atom)