Esconde-te. Não deixes que o vento te leve,
nem que o que ele escreve te iluda;
te deixe muda; te tire a razão.
Não deixes que algum dia a lua apague a tua luz,
só por brilhar mais alto no céu.
Que seja a tua cruz e apague o que é teu.
Foge... para onde quiseres;
e seja onde te esconderes,
o local da tua paixão.
E não te deixes perder no turbilhão de emoções
que nos rasgam por dentro
e nos cortam a respiração, moendo o pensamento.
Fecha os olhos e corre p'ra onde quiseres.
Fecha os olhos e foge p'ra onde sentires.
Fecha os olhos e ama antes de partires.
Fecha os olhos e dorme até sentires.
Apaga a vela que se acende
e te dá a luz para ler o livro.
A página velha que quase cai,
onde está escrita a história do passado;
do passado que vai e não volta.
Abre o livro e deixa a página à solta.
Levanta-te e respira.
Lá fora o dia amanhece de rompante.
Sente o vento num instante.
A brisa que te traz as novas do passado.
As novas do amado por amar
que te pede a ofegar, p'ra voltar.
Fecha os olhos e corre p'ra onde quiseres.
Fecha os olhos e foge p'ra onde sentires.
Fecha os olhos e ama antes de partires.
Fecha os olhos e dorme até sentires.
Pega nas cartas e lê,
ou rasga, mas rasga com todo o sentimento;
para que num momento aquilo que rasgues seja sentido.
E que esse momento tenha sido algo que provaste.
Rasga com o ódio que sentes as novas de quem amaste
e com quem sonhaste e amaste antes de partir.
Fecha os olhos e corre p'ra onde quiseres.
Fecha os olhos e foge p'ra onde sentires.
Fecha os olhos e ama antes de partires.
Fecha os olhos e dorme até sentires.
Uma dor aumentada, num acorde triste e num compasso vagaroso, de expressão terna e patética...
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
sábado, 5 de setembro de 2009
Dó sustenido menor!
Hoje toco em dó sustenido,
pois a dor que sinto ao pegar nesta guitarra
apenas é passível de ser estravasada desta forma.
Procuro libertar-me desta dor, que me amarra
e desabafar com os acordes todo o sofrimento,
sem sair do ritmo.
Procuro baixar o tom,
de forma a também baixar toda esta dor.
Procuro acelerar o compasso, alterar o andamento
e poder sorrir p'ra comigo, sozinho,
a dizer adeus a esta dor que já sei decor,
à qual me habituei.
Não baixo o tom, elevo a voz.
Elevo a voz para calar a dor.
Sinto-me sozinho, comigo a sós,
a ver se encontro a minha flor.
Hoje toco em dó sustenido,
pois procuro passar para as cordas
todas as palavras que tenho medo de dizer
e todas as palavras que procuro abafar,
com o medo de morrer e de perder
todos os momentos em que podia sorrir,
ao partir.
Elevo a voz p'ra acompanhar
o acorde menor desta triste melodia.
A melodia que faz soar nos meus ouvidos
as palavras de uma nova esperança.
Palavras que de novo trazem o dia...
O dia cego.
Não baixo o tom, elevo a voz.
Elevo a voz para calar a dor.
Sinto-me sozinho, comigo a sós,
a ver se encontro a minha flor.
O dia escuro que veio,
que em nada ajudou a baixar o tom desta dor.
A dor que não acalma, nem por pena nem por favor
e que parte uma corda da guitarra,
fazendo-me sentir o paladar, amargo, do amor.
Que me derrota...
Não baixo o tom, elevo a voz.
Elevo a voz para calar a dor.
Sinto-me sozinho, comigo a sós,
a ver se encontro a minha flor.
pois a dor que sinto ao pegar nesta guitarra
apenas é passível de ser estravasada desta forma.
Procuro libertar-me desta dor, que me amarra
e desabafar com os acordes todo o sofrimento,
sem sair do ritmo.
Procuro baixar o tom,
de forma a também baixar toda esta dor.
Procuro acelerar o compasso, alterar o andamento
e poder sorrir p'ra comigo, sozinho,
a dizer adeus a esta dor que já sei decor,
à qual me habituei.
Não baixo o tom, elevo a voz.
Elevo a voz para calar a dor.
Sinto-me sozinho, comigo a sós,
a ver se encontro a minha flor.
Hoje toco em dó sustenido,
pois procuro passar para as cordas
todas as palavras que tenho medo de dizer
e todas as palavras que procuro abafar,
com o medo de morrer e de perder
todos os momentos em que podia sorrir,
ao partir.
Elevo a voz p'ra acompanhar
o acorde menor desta triste melodia.
A melodia que faz soar nos meus ouvidos
as palavras de uma nova esperança.
Palavras que de novo trazem o dia...
O dia cego.
Não baixo o tom, elevo a voz.
Elevo a voz para calar a dor.
Sinto-me sozinho, comigo a sós,
a ver se encontro a minha flor.
O dia escuro que veio,
que em nada ajudou a baixar o tom desta dor.
A dor que não acalma, nem por pena nem por favor
e que parte uma corda da guitarra,
fazendo-me sentir o paladar, amargo, do amor.
Que me derrota...
Não baixo o tom, elevo a voz.
Elevo a voz para calar a dor.
Sinto-me sozinho, comigo a sós,
a ver se encontro a minha flor.
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